quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O texto que segue é um trecho de um post do Blog do Josias publicado hoje na Folha On Line:


Sarney diz que a crise não chega às classes C, D e E

O ronco das ruas é um dos principais argumentos utilizados pelos adversários de Sarney para justificar o afastamento dele do comando do Senado. Dos 81 senadores, 54 terão de banhar os seus mandatos nas urnas de 2010. Difunde-se a tese de que a defesa de Sarney tira votos.
Pois bem, escorado em dados que diz ter recebido de Augusto Montenegro, do Ibope, Sarney tenta disseminar um antídoto contra o veneno.
Nesta terça (4), ao cruzar o plenário do Senado rumo à porta de saída, Sarney estacionou ao lado de José Agripino Maia. Sem esmiuçar percentuais, o morubixaba do PMDB disse ao líder do DEM que Montenegro lhe havia informado o seguinte:

A crise que engolfa o Senado “alcança” as classes A e B, mas “não chega” à base da pirâmide social, onde estão assentadas as classes C, D e E.

Minutos antes, ainda sentado na cadeira de presidente, Sarney fora submetido a três discursos incômodos. Um deles pronunciado por Agripino.
O líder ‘demo’ defendera, de novo, o “afastamento” do presidente que seu partido ajudara a acomodar no comando do Senado. Agripino dissera ter recolhido nas ruas do Rio Grande do Norte, seu Estado, “reprimendas” que “conduzem à tomada de providências”.

Mais tarde, ao relatar a um amigo o que Sarney lhe cochichara no plenário, Agripino desdenhou:
“O desgaste sempre começa pelas classes A e B. Depois, é transferido para os mais pobres. É uma questão de tempo”.

Além de Agripino, defenderam a saída de Sarney o governista Renato Casarande (PSB-ES) e o oposicionista Arthur Virgílio (PSDB-AM).

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Agora o pitaco do blogueiro:

Se estes dados forem mesmo reais, o deputado Sérgio Moraes (PTB/RS) que disse que se lixava para a opinião pública não deixa de ter uma boa dose de razão. Mas, isso já é sabido. As classes menos favorecidas (C, D e E) apesar de terem um nível de informação até razoável hoje em dia, não sabem digerir estas informações. Mas, nem mesmo as classes A e B conseguem, em boa medida, fazer esta digestão. No fim das contas, as diversas camadas sociais brasileiras padecem do mesmo mal (umas mais, outras menos, obviamente) que é o mal do desinteresse e da falta de capacidade de entender o que se passa no seu próprio país. Ah, e claro, todos precisam de fosfosol porque a memória... oh!

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