No entanto, o que encontrei até agora quando passei um pouco da metade do texto é uma narrativa interessante e rica nos detalhes sobre como as principais obras da biblitoeca de mais de 16 mil exemplares chegaram até o líder nazi e o influenciaram. Há ali nítidas influências de filósofos alemães como Nietzsche, Schopenhauer, Fichte e Lagarde. Todos anti-semitas. Há ainda, obviamente, influências de teóricos no nacional socialismo.
Todos esses textos deram a Adolf Hitler a teoria necessária para que pusesse em prática o dom de liderar e arregimentar as massas em favor do Nacional-Socialismo. Em Hitler sobrava o que faltava ao teóricos: a capacidade de transformar esta teoria em prática. De fazer do anti-semitismo filosófico, compartilhado por nomes como Henry Ford e seu livro "O Judeu Internacional" , uma Política de Estado.
Hitler portanto, anti-semita por natureza, foi o produto de um estado onde o anti-semitismo estava presente na educação e nos livros. Foi um produto do seu meio. A potencialização de um ódio latente. Hitler, e aqui vai uma contradição e uma surpresa, era favorável à criação de um estado Judeu na Palestina (a exemplo do que ocorreu no pós-Guerra). Porém, sua motivação não era a de restaurar aos Judeus o seu lugar na Terra Santa, mas livrar a Europa do que ele considerava um mal e um atraso.
O livro é interessante por mostrar estas influências e possibilitar um entendimento sobre o meio filosófico que cercou Hitler antes de sua ascensão e depois de sua chegada ao poder. Uma leitura que vale à pena.
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