Amanhã, segunda-feira, 3 de agosto, reiniciam os trabalhos no Senado. Será um segundo semestre tenso. Vários motivos levarão a esta tensão. O primeiro deles que estará na pauta será a questão Sarney. O presidente, ao que tudo indica, deverá deixar o cargo. Em seu lugar quem entrará? Talvez Francisco Dornelles. Ex-ministro de quem? De Sarney. Ex-aliado de quem? De FHC. Atual aliado de quem? De Lula. Pois é, como é possível perceber alguém sempre muito ligado ao poder. A política corre no sangue. É sobrinho de Tancredo Neves e sobrinho-neto de Getúlio Vargas. A genética o credencia, já o passado político nem tanto.
Quanto às denúncias... bom as denúncias, a gente sabe (menos os ingênuos) quais eram os objetivos. Derrubar o presidente. Aposto um pão-de-queijo do mercado aqui perto de casa que elas serão esquecidas tão logo seja trocado o presidente. A menos que o novo presidente seja Renan, Lobão ou algum outro do time.
A tensão continuará com a CPI da Petrobrás. CPI nati-morta, uma vez que o Governo tem a esmagadora maioria (8 a 3) o presidente é da base e o relator idem. As investigações eram temas para uma CPI? Acho que não. Deixassem com a PF e com o Ministerio Público que têm mais capacidade e menos necessidade de aparecer e os resultados poderiam ser positivos. Mas, não vai dar em nada a menos que surja algo novo muito grave que constranja o governo a colocar as barbinhas de molho. Caso contrário...
Outro ponto. Estamos, agora sim, às vésperas de um ano eleitoral. Este seria o último semestre sem a contaminação das eleições. Seria, mas não será mais. A crise institucional do Senado, a CPI da Petrobrás, o crescimento da candidatura Dilma e a popularidade do presidente Lula que insiste em não cair (pra desespero de uma oposição fraca, sem discurso e despreparada) irão antecipar o clima de 2010. Pode-se dizer que, no Senado, resolvida a questão Sarney, 2010 terá chegado.
Feliz Ano Novo!!!
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